Bem-vindo ao site de Memórias em Ruínas

Memórias em Ruínas é o olhar para o íntimo de um homem prestes a morrer. Recapitulando sua vida arruinada por ações e escolhas de um passado conturbado — pela queda social e por obsessões insensatas — suas lembranças o conduzem ao remorso irreparável.

Dizem que, com a proximidade da morte, a mente humana é invadida por imagens do passado, forçando o homem a lembrar-se dos fatos mais marcantes de sua vida, para condená-lo ou absolvê-lo na travessia para o desconhecido. Sem forças para lutar contra a inundação de pensamentos, cabe ao passivo espectador apenas assistir ao seu filme biográfico.

            Em Memórias em Ruínas, Manuel Junqueira está diante de seu longa-metragem. O tempo corre, sem se importar com suas dores mais profundas, revivendo os acontecimentos cruciais de sua vida egocêntrica e sem escrúpulos.

            Nessas horas a racionalidade se distrai. Tomado pelas recordações dolorosas, Manuel se perde entre o passado e o presente, entre o real e o ilusório, assombrado pelos seus fantasmas, pelas suas memórias em ruínas.

Alberto da Cruz, em seu mais novo romance, nos convida a participar dessa sessão privada, penetrando nas memórias de um homem que viveu para si, destruindo sentimentos e se aproveitando daqueles que o amavam para obter sucesso em seus objetivos materiais. Agora que a ampulheta está no fim, resta saber quais as consequências dos erros cometidos no decorrer de sua vida.

 

Notícias aos visitantes

Memórias em Ruínas está à venda na livraria da Editora Multifoco, Av. Mem de Sá, 126 - Lapa - Rio de Janeiro, ou pelo site da editorahttps://www.editoramultifoco.com.br

 

“Os olhos de minha mãe traduziam vergonha e dor diante de mim, parado a sua frente sem saber o que fazer, como fazer. Eu chorava, ela chorava, chorávamos pelo mesmo motivo, porém por dores diferentes. A dor de minha mãe já não era física, não era seu olho arroxeado, nem os hematomas em seu braço que lhe faziam chorar; a dor de minha mãe era íntima, nascida de fora, mas crescida por dentro, chegando à maturidade em sua alma. Não era seu corpo que doía. A minha dor também não era física, mas vinha bruta da minha consciência, transformando-se em desgosto. A minha dor somava-se à dor de minha mãe, construindo uma dor única: a decepção.”